Por| Hermes Abreu, ofm
Um afeito ao crime estava individado com o tráfico de Drogas. Um padre, indo visitar sua mãe doente, segue de volta aos seus compromissos pastorais. Seus caminhos se cruzam. Resultado: a trágica morte de um religioso. Mais uma lancinante dor, resultante da violência consequente do mercado do crime, o tráfico de drogas.
“Pe. Adriano da Silva Barros estava desaparecido desde terça-feira (13). Segundo a Polícia Militar, o padre teria ido visitar a mãe, que está doente, em Martins Soares (MG), e retornaria para Simonésia (MG), onde era vigário, para celebrar uma missa na paróquia.
O religioso foi visto por último deixando a irmã em Reduto (MG), por volta das 13h. Ela foi a última pessoa que teve contato com ele.
No início da noite dessa quarta-feira (14), a polícia foi acionada por um morador do Córrego Pirapetinga, em Manhumirim, ao perceber que havia um fogo no seu terreno e, ao chegar para apagar, encontrou o corpo carbonizado, que também estava com ferimentos causados por faca, segundo a perícia.
O indivíduo preso, de 22 anos, e um adolescente, de 16, foram vistos por testemunhas próximo ao local onde o corpo foi encontrado. Mais tarde, devido a suspeita, eles foram detidos em casa e encaminhados para a delegacia, onde o jovem confessou o crime. As investigações da Polícia Civil apontam que o assassinato do padre Adriano da Silva Barros foi planejado para quitar dívidas com traficantes do Rio de Janeiro.
‘Este fato foi premeditado. Houve uma reunião no sábado (10) entre o conduzido (autor), o irmão dele e mais uma pessoa residente de Manhumirim para tramar esse latrocínio, ao que tudo indica’, disse o atual delegado responsável pelo caso, Glaydson de Souza Ferreira.
Segundo a Polícia Civil, um dos autores estaria com uma dívida no tráfico no RJ, entre R$ 30 a 50 mil, e precisaria quitá-la ainda nesta semana.”
Notícia pelo G1 em: https://g1.globo.com/mg/vales-mg/noticia/2020/10/16/crime-contra-padre-morto-em-mg-foi-planejado-para-quitar-divida-com-traficantes-de-rj-diz-pc.ghtml
O Blog “O Caminheiro do Reino” lamenta profundamente o desfecho desta, entre muitas, histórias de violência. Há muito, precisamos repensar sobre os destinos de nossa sociedade. Lembramos que não é a primeira vez em que a Igreja Católica perde um de seus sacerdotes para o mundo do crime. Aqui lembramos a memória do saudoso Frei Antônio Moser, franciscano assassinado em 2016, também vítima de latrocínio. Os céus clamam por justiça. Clamamos nós por paz!
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