Por| Hermes Fernandes
Dom Pedro morreu. Seu corpo jaz inerte. Muitos são os que estão a homenageá-lo. Um último aplauso a aquele que todo louvor dispensou. Simples que era, não buscou elogios. Desejou companheiros em sua jornada pela defesa dos pequenos. Promoção da paz, justiça, amor fraterno. Imperativos do Evangelho.

Em seu tempo, Dom Pedro bem soube entender a dimensão da Libertação Integral do Homem. Dignidade plena a cada homem e mulher, não obstante suas convicções religiosas. A promoção da vida estava além das afinidades de fé. O Evangelho conhecido, comungado, anunciado; não tinha fonteiras.

Fico pensando em como homenagear aquele que, em vida, sempre nos inspirou. Flores? Cânticos? Liturgias? Isso tudo seria muito bom. Entretanto, ao profeta, importa a profecia. Estou convencido de que a maior homenagem que podemos dar a este homem de Deus seria fidelidade. Mantermos firme a profecia. Seguir em caminhada, reconstruindo a Igreja de Jesus com os pobres. Contra a pobreza. Amando sempre, perdoando sempre. Estando, sempre, ao lado dos mais fracos.

Que não se apague em nós a chama da profecia. De pés no chão, levemos Jesus ressuscitado aos nossos irmãos e irmãs; crucificados nas fraturas sociais, nas periferias existenciais.
Que Dom Pedro, agora nos precedendo no céu, nos inspire e interceda por nós; para que possamos fazer deste mundo um lugar mais coerente às realidades do Reino. Que o sonho de Pedro não tenha sido em vão.
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