Por| Hermes A. Fernandes
Páscoa significa, em sua etimologia, passagem. Jesus passou do estado de morte, à vida. Vida eterna. Vida Gloriosa. Nos tempos dos patriarcas, os hebreus, sob o cativeiro Egípcio, passaram à liberdade. À Terra da Promessa.
Biblicamente, foram muitas Páscoas. Do pranto da esterilidade no ventre de Sara, ao riso daquela que teria uma descendência maior que o número das estrelas do céu. Da cegueira de Tobit, à luz dos olhos abertos pelo anjo Rafael, a Cura de Deus. Do casamento de seu filho Tobias, fadado ao fracasso; ao êxito, Felicidade. E foi festa naquela família de exilados. Alegria, celebração.
É assim, quando Deus participa da Vida Humana. É festa. Alegria. Transmuta dor em júbilo, cegueira em visão, escuridão em luz.
Foi, é, será.
“Quando Cristo ressuscitou dos mortos, o Sol atingiu seu zênite!” Esta afirmação de Leonardo Boff, nunca foi tão pertinente. Tão imperativa. Precisamos deste zênite do Sol. De clareza. Esperança, em meio a tantos desatentos. Claridade, em tempos tão obscuros.
Por onde passamos, vemos pobreza, dor, lágrimas, abandono. Outrossim, esta não é a vontade de Deus. Como vimos acima, Deus sempre vem em socorro dos seus filhos. Ele não só se apieta da condição desumana em que vivem, vem libertá-los. Foi assim em tempos de Moisés, de Josué, dos profetas, de tantos homens e mulheres de Deus. Ser-nos-á de igual valia.
Que nesta Páscoa, o Sol atinja seu zênite em nossos corações. Revestindo-nos de esperança e profecia. Para que possamos ser instrumentos de Paz em meio a tantos discursos de ódio. Verdade em meio a tantas enganações. Vida que sobrepõe-se à morte. Vida digna. Reino de Deus. Páscoa! Em busca de tempos mais alvissareiros, vivamos nossa Páscoa de cada dia.
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